O Ministério da Saúde de Gaza, sob controle do Hamas, divulgou nesta segunda-feira (16) um balanço que aponta para mais de 45 mil mortos na Faixa de Gaza desde o início do conflito com Israel, em outubro de 2023. O número inclui vítimas de bombardeios e operações militares israelenses, embora o ministério não detalhe a divisão entre civis e combatentes. A ONU informou que aproximadamente 70% das mortes verificadas até o momento são de mulheres e crianças, com mais de 8 mil óbitos confirmados até agora.
A guerra foi desencadeada após um ataque do Hamas em território israelense em 7 de outubro, resultando em cerca de 1.200 mortos e a captura de aproximadamente 250 reféns. O governo israelense, por sua vez, declarou que cerca de 17 mil dos mortos em Gaza são membros de grupos armados. A ONU continua investigando as circunstâncias dessas mortes, com um foco específico em identificar as vítimas civis e garantir a precisão dos dados.
Além das altas cifras de vítimas, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão relacionados a alegações de crimes de guerra cometidos por ambos os lados do conflito. O TPI apontou ataques deliberados contra civis e o uso de táticas como a indução à fome como parte das acusações. Esses mandados têm validade nos 124 países signatários do tratado, incluindo o Brasil, e significam que qualquer um dos acusados poderá ser preso se entrar em território desses países.