Os gastos da Prefeitura de São Paulo com subsídios ao transporte público alcançaram R$ 5,6 bilhões até outubro de 2024, superando os R$ 5,3 bilhões desembolsados ao longo de todo o ano passado. Esse aumento reflete o congelamento da tarifa de ônibus em R$ 4,40, vigente desde 2020, e a ampliação de programas de gratuidade, como o Domingão Tarifa Zero, que já beneficiou milhões de usuários. Segundo projeções, os subsídios devem ultrapassar R$ 6 bilhões até o final do ano, registrando o maior valor da história pelo quarto ano consecutivo.
Além de manter a tarifa sem reajustes, os subsídios possibilitam benefícios como integração gratuita entre ônibus, desconto na conexão com o transporte sobre trilhos, e gratuidade para idosos, estudantes e pessoas com deficiência. A prefeitura argumenta que os custos do sistema foram afetados pela redução da demanda durante a pandemia de Covid-19. Para 2025, o orçamento municipal prevê um aumento adicional, com R$ 6,4 bilhões reservados para cobrir subsídios tarifários.
O prefeito da cidade deve decidir em dezembro se manterá a tarifa congelada pelo quinto ano consecutivo. Embora tenha expressado interesse em evitar reajustes, ele destacou a necessidade de avaliar fatores como o custo do diesel, dissídios trabalhistas e o impacto no orçamento geral. A decisão, segundo ele, deve equilibrar as demandas de todas as áreas prioritárias da gestão pública.