Em fevereiro de 2024, dois detentos fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, marcando o primeiro incidente do tipo na história do sistema prisional federal brasileiro. A dupla, após cortar cercas e usar ferramentas de construção, escapou durante a madrugada. A fuga gerou uma intensa operação de captura, envolvendo diversas forças de segurança, incluindo a Polícia Federal e a Polícia Militar. Durante os 50 dias de fuga, os detentos cometeram diversos crimes, como o sequestro de uma família, e conseguiram se deslocar para outros estados, chegando até o Pará.
Após a fuga, a Penitenciária de Mossoró foi alvo de um rigoroso reforço na segurança e mudanças na direção da unidade. Em julho, um novo diretor foi nomeado, substituindo o responsável pelo presídio no momento do incidente. A transferência dos fugitivos para a Penitenciária de Catanduvas, no Paraná, ocorreu em outubro de forma sigilosa, sem aviso prévio aos advogados da dupla. A ação foi conduzida por um avião da Polícia Federal, que partiu do Aeroporto de Aracati, no Ceará.
A recaptura dos fugitivos aconteceu em abril, no município de Marabá, no Pará, quando foram localizados pela Polícia Rodoviária Federal. A fuga e a subsequente recaptura geraram discussões sobre a segurança do sistema penitenciário federal e resultaram em uma série de mudanças nas direções das unidades envolvidas, além de reforços em sua estrutura e vigilância.