Na noite de quinta-feira (12), 16 detentos fugiram do Conjunto Penal de Eunápolis, no extremo sul da Bahia, após uma operação simultânea envolvendo a perfuração do teto de uma cela e uma invasão armada. Durante a ação, um grupo externo atacou o presídio, disparando contra os agentes de plantão e as torres de vigilância, enquanto os internos utilizaram cordas artesanais para escapar pelas cercas do local. O ataque foi bem coordenado, com invasores cortando parte da grade de segurança e atirando nas guaritas para garantir a fuga. A Polícia Militar foi acionada rapidamente, mas, até a tarde de sexta-feira (13), nenhum dos fugitivos foi recapturado.
A motivação para a ação foi, segundo fontes locais, a tentativa de resgatar um líder de facção criminosa, junto a outros membros da organização. Durante a invasão, um cão de guarda foi morto e um fuzil foi deixado para trás pelos criminosos. A polícia encontrou também munição e outros materiais no local. Após a fuga, equipes da CIPE-Mata Atlântica e do Departamento de Polícia Técnica realizaram buscas nas imediações, mas não localizaram os foragidos. As investigações seguem em andamento, com o apoio de informações de denúncias anônimas.
O Conjunto Penal de Eunápolis, que enfrenta superlotação, com 554 internos em uma unidade com capacidade para 457, já havia registrado fugas anteriores. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e a Polícia Civil continuam a colaborar na busca pelos detentos, enquanto a empresa responsável pela segurança do local afirmou não ter tido tempo para agir durante o ataque. A situação gerou repercussão sobre a segurança nos presídios da Bahia e as condições do sistema penitenciário no estado.