Uma freira de 57 anos foi presa na Itália, suspeita de atuar como intermediária entre a máfia Ndrangheta e detentos em uma prisão de Milão. A prisão aconteceu na quinta-feira (5), durante uma grande operação da polícia italiana, que também resultou na detenção de 24 outras pessoas, incluindo dois políticos locais. A investigação aponta que a religiosa utilizava seu trabalho voluntário no sistema penitenciário para facilitar a comunicação entre os membros do grupo criminoso e os detentos.
Além de crimes de associação à máfia, as investigações indicam que os suspeitos estavam envolvidos em atividades como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, agiotagem e compra de votos. Durante a operação, a polícia apreendeu cerca de 1,8 milhão de euros (aproximadamente 11,4 milhões de reais). A freira, que era reconhecida por suas ações de solidariedade e havia recebido um prêmio em fevereiro deste ano, não teve sua defesa localizada até o momento.
A Ndrangheta, organização criminosa originária da região da Calábria, no sul da Itália, é considerada uma das mais poderosas do país, com ramificações que se estendem por diversos continentes. A operação tem como objetivo desarticular as redes de influência do grupo, que continua a desafiar a autoridade do Estado, tanto na Itália quanto em outros lugares do mundo.