Entre 2020 e 2024, fraudes tributárias comprometendo cerca de R$ 900 milhões foram registradas em Minas Gerais, com destaque para o setor de reciclagem e comercialização de metais. A 7ª fase da Operação Sinergia, deflagrada em 4 de dezembro de 2024, está investigando irregularidades em empresas que atuam na produção de fios e vergalhões de cobre, que teriam adquirido sucata sem nota fiscal e forjado operações com empresas fantasmas para esconder essas transações. Além da sonegação fiscal, as investigações também envolvem suspeitas de associação criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
A operação abrange oito estados brasileiros – Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Pará, Ceará, Paraíba e Maranhão – e cumpre 36 mandados de busca e apreensão em 16 cidades. De acordo com o Ministério Público, as empresas investigadas utilizavam créditos de ICMS fictícios para reduzir a carga tributária de forma ilegal. Esses créditos eram transferidos para outras empresas, muitas vezes localizadas em diferentes estados, criando um esquema que dificultava o rastreamento e a cobrança dos impostos devidos ao Estado de Minas Gerais.
A Operação Sinergia é fruto de uma força-tarefa entre o Ministério Público de Minas Gerais, a Receita Estadual, a Polícia Militar e a Polícia Civil, além do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (CIRA), que coordena a ação. A operação visa desarticular redes de fraudes fiscais que afetam diretamente a arrecadação do estado, além de fortalecer a luta contra crimes financeiros que prejudicam a economia e o funcionamento legítimo do setor empresarial.