A França está à beira de uma crise política, com a provável destituição do primeiro-ministro após a votação de desconfiança marcada para o dia 4 de dezembro. A decisão surge depois de uma polêmica em torno do uso de poderes emergenciais por parte do governo para impor cortes no orçamento, especialmente no setor da segurança social. A situação é exacerbada pela oposição de grupos políticos, com destaque para a líder de extrema-direita, que ameaça derrubar o governo caso não sejam atendidas suas exigências em relação a ajustes no sistema de pensões.
A consultoria Eurasia avalia que as chances de sobrevivência do governo são mínimas, com apenas 20% de possibilidade de o premiê resistir à votação. Caso a moção de censura seja aprovada, o governo francês enfrentará uma instabilidade ainda maior, já que toda a legislação em andamento, incluindo o plano orçamentário, cairá junto com o cargo do primeiro-ministro. Esse cenário agrava a incerteza política no país, que já atravessa um período de turbulência desde o início do ano.
Com a queda do governo, o presidente francês terá que nomear rapidamente um novo primeiro-ministro, provavelmente temporário, para garantir a aprovação de medidas fiscais essenciais antes de 2025. A situação política volátil pode ter implicações internacionais, visto que a França precisa de uma gestão estável para enfrentar desafios econômicos e sociais complexos no próximo ano.