A França tem se posicionado firmemente contra o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, especialmente devido à pressão de agricultores locais. Embora o governo francês tenha o apoio de Áustria, Polônia e, de maneira mais moderada, a Holanda, esses países ainda não são suficientes para bloquear o tratado. A Itália, cujo posicionamento ainda é incerto, pode ser decisiva para o desfecho dessa negociação. A próxima etapa envolve a revisão jurídica e a tradução do acordo, antes de ser encaminhado para aprovação pelo Conselho e Parlamento Europeu, além dos parlamentos dos países envolvidos.
No entanto, o bloco europeu, liderado pela Alemanha e com o apoio da Espanha, segue pressionando para a aprovação do pacto. A pressão aumenta com o foco em impulsionar a indústria europeia e o crescimento econômico, especialmente após a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos, que gerou um alinhamento maior entre essas nações e o Mercosul. O acordo é visto como uma forma de ampliar as exportações e impulsionar a economia, particularmente em um momento de crescimento estagnado no continente europeu.
Para que o tratado entre em vigor, é necessário obter a aprovação de pelo menos 55% dos países do Conselho Europeu e 65% da população total do bloco. Caso haja oposição de quatro países, incluindo a França, o acordo pode ser barrado. Se superada essa etapa, o tratado será levado ao Parlamento Europeu para votação. O processo segue com expectativa de que, após todos os trâmites, o acordo seja aprovado e entre em vigor, beneficiando os setores industriais e comerciais dos países envolvidos.