O fenômeno conhecido como FOMO, ou “medo de ficar de fora”, vai além da simples frustração de não participar de eventos como shows ou jogos. De acordo com um estudo realizado pela pesquisadora Jacqueline Rivkin e sua equipe da Cornell University, o FOMO está mais relacionado à perda de interações sociais com pessoas queridas do que à perda de experiências em si. Em vez de se concentrar no evento em si, a sensação de exclusão decorre do afastamento do convívio social, gerando ansiedade, inveja e arrependimento.
Para investigar os efeitos desse sentimento, a equipe de Rivkin conduziu sete experimentos com milhares de participantes, em que se simularam situações cotidianas de exclusão, como a ausência em encontros com amigos ou viagens de grupo. Os resultados indicaram que, independentemente da idade ou do contexto, as pessoas experimentam FOMO quando percebem que estão sendo deixadas de fora de interações com pessoas importantes para elas. Isso sugere que o FOMO não é exclusivo da juventude, mas sim uma experiência comum entre diferentes faixas etárias.
O estudo também destacou os efeitos negativos do FOMO na saúde mental, incluindo distúrbios de sono, ansiedade social e depressão. Pesquisas anteriores apontaram que esse fenômeno pode influenciar comportamentos consumistas e até o aumento do uso de substâncias como álcool e drogas, especialmente entre os jovens. Em um mundo altamente conectado, onde as interações sociais muitas vezes ocorrem de forma virtual, o FOMO revela-se como uma preocupação crescente para o bem-estar emocional e psicológico.