A fome no Sudão se espalhou para cinco regiões do país e deve continuar a se expandir até maio, de acordo com informações divulgadas por um comitê internacional de monitoramento. A crise humanitária é uma das mais graves da história recente, com condições de fome confirmadas em campos para deslocados internos, como os de Abu Shouk e al-Salam, em Darfur do Norte. Além disso, áreas no estado de Kordofan do Sul também estão enfrentando a escassez de alimentos, enquanto o campo de Zamzam, em Darfur, continua com níveis críticos de subnutrição.
O Comitê de Revisão da Fome do IPC alertou que, até o mês de maio, a fome pode afetar outras regiões no norte de Darfur, incluindo Un Kadadah, Melit, al-Fashir, Tawisha e al-Lait. A previsão é alarmante, considerando que o número de pessoas necessitando de assistência alimentar no país já chegou a 24,6 milhões, o que representa cerca de metade da população sudanesa. Esse número é um aumento significativo em comparação à estimativa de 21,1 milhões de pessoas registrada no mês de junho.
A guerra em curso no Sudão tem dificultado a distribuição de ajuda humanitária, agravando ainda mais a situação de milhões de pessoas em risco. A crise alimentar, identificada inicialmente em agosto, continua a ser uma das maiores preocupações internacionais, com uma crescente escassez de recursos e um número cada vez maior de pessoas em necessidade de apoio. A situação no país é descrita como uma das piores crises de subnutrição dos tempos modernos.