Após adquirir o terreno onde será construído o novo estádio, o Flamengo está planejando alternativas de financiamento para cobrir os custos da compra e da construção. O clube pagou R$ 138,19 milhões à vista pelo terreno do Gasômetro, localizado no Porto Maravilha, e busca recuperar esse valor com a venda de cadeiras cativas. A primeira etapa desse processo, que visa a reposição do valor gasto com a compra, deve começar em janeiro do próximo ano, com a expectativa de captar recursos e estruturar o financiamento de forma eficiente, sem comprometer as receitas atuais do clube.
Além da venda de cadeiras, o Flamengo está considerando a negociação do potencial construtivo do terreno da Gávea, onde o clube possui mais área disponível para construção do que o necessário para seu próprio projeto. A venda dessa potencial área de construção, que pode gerar até R$ 500 milhões, está prevista para ser discutida em 2024, após o envio de um projeto de lei à Câmara Municipal. Esses recursos serão integralmente direcionados à construção do estádio, que tem um orçamento estimado de R$ 2 bilhões.
O Flamengo também estuda outras alternativas de financiamento, como a emissão de títulos no mercado de capitais. A venda de naming rights da futura arena é uma das possibilidades, sendo uma opção para levantar recursos sem comprometer o fluxo de caixa do clube. A ideia é estruturar esse contrato como um título incentivado, o que ajudaria a reduzir os custos com juros. O uso de instrumentos financeiros como CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) também está sendo considerado, com o objetivo de garantir a viabilidade financeira do projeto, que pode aumentar significativamente o patrimônio do Flamengo até 2027.