A Fifa anunciou na última segunda-feira mudanças temporárias nas regras de transferências de jogadores, em resposta ao julgamento do Tribunal de Justiça Europeu sobre o caso de Lassana Diarra. O ex-jogador francês havia contestado a legalidade do Artigo 17 do Regulamento da Fifa, que limita a liberdade de movimento dos jogadores e é considerado anticompetitivo, com a corte decidindo em outubro que tais restrições violavam a legislação da União Europeia.
Em decorrência da decisão, a Fifa publicou emendas provisórias para garantir estabilidade na janela de transferências de janeiro, afirmando que as mudanças seriam equilibradas e não impactariam as discussões futuras sobre modificações permanentes nas regras. Contudo, a FIFPRO, sindicato global dos jogadores, manifestou insatisfação com o processo, acusando a Fifa de não consultar adequadamente os envolvidos e de não oferecer segurança jurídica aos atletas. A entidade também destacou que as medidas não refletem integralmente a decisão do tribunal.
A Fifa, por sua vez, garantiu que as mudanças temporárias não influenciam as negociações em curso para ajustes de longo prazo nas regras, e que busca uma solução permanente alinhada à visão do Tribunal de Justiça Europeu até julho de 2025. A federação afirmou que continuará o diálogo com as partes interessadas para desenvolver um sistema regulatório robusto e justo, que seja aplicável de forma uniforme no futebol profissional global.