Com a proximidade da data limite para o pagamento da segunda parcela do décimo terceiro salário, programado para o dia 20 de dezembro, cresce a busca por soluções para a regularização de dívidas. Entre os meses de outubro e novembro, três grandes feirões de negociação foram realizados, com destaque para as iniciativas da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), da plataforma consumidor.gov.br, e do Serasa, em parceria com os Correios, que tem prazo até o dia 20 de dezembro. Além disso, os Procons promovem outro feirão, que se estende até o dia 17 de janeiro. Durante esses eventos, as negociações atingiram números expressivos, com 180 mil acordos diários e um recorde de 458 mil acordos em um único dia.
A maior parte das dívidas negociadas está concentrada em setores financeiros, como Securitizadoras e Bancos e Financeiras, seguidos por empresas de Telecomunicações. Um levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio revelou que, em novembro, 29,4% das famílias brasileiras estavam endividadas. As opções para a regularização incluem tanto atendimentos virtuais, por meio dos sites das empresas, quanto presenciais, nas agências dos Correios, que participaram ativamente da ação, com 10 mil unidades espalhadas pelo Brasil. Esse esforço visa facilitar o acesso à renegociação, especialmente para aqueles que enfrentam dificuldades financeiras.
A expectativa é que a utilização do décimo terceiro salário ajude a aliviar a pressão sobre as finanças de muitas famílias. De acordo com uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), aproximadamente 31% dos trabalhadores planejam utilizar o salário extra para quitar dívidas, o que resultaria em uma injeção de R$ 321,4 bilhões na economia. O valor médio de cada parcela do décimo terceiro é estimado em R$ 3.096,78, e a projeção é de que 2 milhões de dívidas sejam quitadas com esses recursos.