O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, expressou insatisfação com o alto nível das taxas de juros no Brasil durante uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS). Ele enfatizou que o debate deve ir além da simples crítica aos juros elevados, apontando a necessidade de entender as causas dessa situação e os passos necessários para reduzir tanto os juros quanto o spread bancário, que são considerados elevados no país. Sidney destacou que muitos compartilham dessa preocupação, inclusive ele mesmo, e que o foco deve ser encontrar soluções concretas para a redução desses índices.
Recentemente, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou um aumento da taxa Selic, que passou de 11,25% para 12,25% ao ano, a maior elevação desde 2022. O Banco Central também indicou a possibilidade de mais aumentos no início de 2025. Esse cenário gerou novas discussões sobre o impacto dos juros elevados na economia e nas finanças das famílias brasileiras.
Como resposta, a Febraban propôs ao governo a criação de um fórum para um debate técnico sobre a questão. O objetivo é apresentar propostas com base em racionalidade econômica e identificar quais custos têm maior impacto na intermediação financeira. A proposta visa proporcionar um espaço para o desenvolvimento de soluções que possam, de fato, ajudar a reduzir as taxas de juros e o spread bancário, promovendo um ambiente financeiro mais eficiente e favorável ao crescimento econômico do país.