Uma farmácia localizada no bairro Tijucal, em Cuiabá, foi identificada pela Polícia Civil de Mato Grosso como parte de um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao tráfico de drogas. Em dois anos, o estabelecimento movimentou cerca de R$ 9 milhões, com entradas e saídas de capital em proporções similares, o que levantou suspeitas das autoridades. A farmácia foi fechada por decisão judicial, e os medicamentos apreendidos, avaliados em R$ 190 mil, foram doados à Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá. A operação, batizada de “Follow the Money 2”, é uma continuidade de investigações iniciadas em março deste ano.
As investigações revelaram que o estabelecimento era usado para mascarar transações ilegais provenientes do tráfico de drogas no município de Sinop. Além do fechamento da farmácia, a polícia prendeu a proprietária do local e outras pessoas ligadas à organização criminosa, incluindo familiares do líder do grupo, que cumpre pena em uma penitenciária estadual. Segundo a polícia, o casal auxiliava na aquisição de imóveis usados para dar aparência de legalidade ao dinheiro proveniente das atividades ilícitas.
Ao todo, foram apreendidos onze imóveis em Sinop, incluindo quitinetes, casas em construção e uma chácara às margens de um rio. As autoridades apontaram que os bens eram registrados em nome de laranjas, dificultando o rastreamento das operações financeiras ilícitas. A ação é parte de um esforço contínuo para desarticular organizações criminosas que utilizam negócios legais como fachada para ocultar recursos obtidos com atividades ilícitas.