Em outubro de 2021, dois bebês nasceram no Hospital da Mulher em Inhumas, Goiás, com 14 minutos de diferença, mas acabaram sendo trocados logo após o nascimento. As famílias dos meninos, que atualmente têm 3 anos, descobriram o erro somente em outubro de 2024, quando um dos pais questionou a paternidade de seu filho e pediu um teste de DNA. O exame confirmou que a criança não era biologicamente dele, revelando a troca dos bebês durante o parto, que ocorreu em circunstâncias difíceis devido às restrições da pandemia de Covid-19.
O caso gerou grande impacto nas duas famílias envolvidas, que relatam a falta de acompanhamento e identificação clara durante o processo de nascimento, com os bebês sendo entregues às mães já no quarto após o efeito da anestesia. Nenhuma das mulheres lembra de detalhes importantes sobre o procedimento, como a presença de pulseiras de identificação nos recém-nascidos. As famílias se mostraram profundamente abaladas, com os pais se sentindo traídos pela falta de cuidado e atenção do hospital, especialmente em um momento tão sensível.
A investigação sobre o ocorrido está sendo conduzida pela Polícia Civil, que analisa a possível violação do Estatuto da Criança e do Adolescente. O Hospital da Mulher afirmou estar colaborando com as autoridades e já iniciou uma sindicância interna para apurar eventuais responsabilidades. A situação segue em apuração, e embora as famílias estejam divididas, ambas buscam entender o que aconteceu e como lidar com a nova realidade que surgiu após o erro cometido no parto.