O Ministério Público do Espírito Santo denunciou 13 pessoas de uma mesma família, incluindo membros de uma facção criminosa, por repassar ordens de dentro de presídios para a execução de crimes fora das unidades prisionais. De acordo com as investigações, os denunciados eram responsáveis por atividades como ataques, assassinatos e o tráfico de drogas, além de fornecer informações e coordenar ações criminosas em diversas áreas. As investigações, que duraram mais de um ano, revelaram que os criminosos cumpriam as ordens de líderes do tráfico, ainda que estivessem presos, por meio de intermediários, incluindo familiares e até advogados.
Durante a operação, foi comprovado que a comunicação entre os líderes criminosos e seus subordinados se dava principalmente por meio de “catuques” — mensagens enviadas secretamente. Um dos principais focos da operação foi desmantelar a rede que mantinha o controle do tráfico de drogas em bairros da capital capixaba e cidades do interior do estado, como Cachoeiro de Itapemirim. A ação visou interromper o fluxo de informações que sustentava a atuação criminosa, garantindo que os crimes fossem executados conforme os desejos dos líderes, mesmo estando estes em unidades prisionais de alta segurança.
Entre os denunciados estão membros da família que, além de repassar mensagens, também cuidavam da logística e do controle financeiro das atividades ilícitas. A operação teve como objetivo desarticular esse esquema criminoso, impedindo que a organização continuasse a exercer influência nas ruas. As investigações continuam em andamento, com a polícia buscando localizar os envolvidos que permanecem foragidos ou ainda atuam dentro e fora das prisões.