O corpo de Kauan Gomes, de 20 anos, foi sepultado na última sexta-feira (20) em Feira de Santana, na Bahia, após ele ter sido fatalmente baleado na cabeça por engano enquanto se dirigia à academia onde trabalhava. Kauan ficou internado por quatro dias no Hospital Geral Clériston Andrade, em Salvador, e não resistiu aos ferimentos, vindo a ter a morte encefálica confirmada na terça-feira (17).
Diante da tragédia, a família de Kauan tomou a decisão de doar seus órgãos, uma escolha que foi feita pela mãe, Samile Silva Gomes, antes mesmo de ser consultada pelos médicos. A doação, que ocorreu na noite de quarta-feira (18), foi vista como uma forma de dar um propósito ao sofrimento da perda, com a esperança de que outros pudessem ter uma nova chance de vida. O primo de Kauan, Renerio Alves Ribeiro Neto, compartilhou o impacto emocional da decisão, enfatizando que esse gesto de altruísmo trouxe algum consolo à dor da família.
Embora o processo de liberação do corpo tenha se estendido devido à logística envolvida na doação, a atitude foi considerada um ato de amor e solidariedade, refletindo sobre a importância de pensar além da própria dor em momentos tão difíceis. A história de Kauan Gomes trouxe à tona a relevância do tema da doação de órgãos e os desafios emocionais que envolvem essa escolha.