A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando um esquema de falsificação de móveis atribuídos ao designer Sergio Rodrigues. Mais de 100 peças foram apreendidas durante uma operação que envolveu ações no Rio e em Teresópolis, na Região Serrana. As peças, vendidas como originais, foram fabricadas e comercializadas como se fossem do acervo do designer, mas uma perícia apontou que eram falsas. O processo legal está em andamento na 41ª Vara Criminal da Capital, com representação da empresa detentora dos direitos sobre as obras de Rodrigues.
Entre os itens falsificados, estava a famosa poltrona Mole, uma das peças mais icônicas de Sergio Rodrigues, que foi exposta no Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova York. Esta poltrona, originalmente criada em 1961 e premiada internacionalmente, chegou a ser anunciada por um preço inferior ao valor de mercado, com a proposta de R$ 18.000, enquanto o valor real pode ultrapassar os R$ 60.000. A investigação envolveu também a análise de preços e orçamentos de móveis falsificados, como o par de poltronas Tete e o Banco Mocho.
O designer, falecido em 2014, ficou famoso por suas peças inovadoras e de design único, especialmente durante as décadas de 1950 e 1960. A ação contra as falsificações faz parte de um esforço para proteger o legado de sua obra e combater práticas ilícitas no mercado de móveis de design. A investigação continua, com especialistas examinando as peças apreendidas para confirmar sua autenticidade.