Na última sexta-feira (13), a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) decidiu afastar temporariamente um professor de sua instituição, como medida cautelar durante investigações relacionadas a alegações de assédio sexual. A decisão foi formalizada por meio de uma portaria assinada pelo diretor da faculdade, que destacou a existência de indícios substanciais de materialidade nos fatos mencionados nas denúncias. O afastamento de 60 dias visa garantir que as investigações ocorram de forma imparcial, sem a possibilidade de interferência por parte do docente envolvido.
As acusações foram feitas por um centro acadêmico, que relatou abusos cometidos contra alunos entre os anos de 2006 e 2024. A defesa do professor, por sua vez, refuta as alegações e afirma que as acusações são infundadas, argumentando que perfis falsos nas redes sociais estão sendo usados para espalhar informações caluniosas sobre ele. Além disso, foi registrado um boletim de ocorrência sobre a criação desses perfis falsos, que teriam sido usados para prejudicar sua imagem.
Durante o período de afastamento, o professor está proibido de participar de aulas, reuniões e de ter qualquer contato com os alunos que o denunciaram, bem como com as testemunhas do caso. A medida visa proteger a integridade da investigação, que envolve principalmente antigos e atuais alunos da instituição. O docente, além de atuar na graduação e pós-graduação da USP, também é autor de várias obras jurídicas reconhecidas.