No relatório recente da XP, divulgado em 13 de dezembro, foi identificado que a alocação em ações de bancos nos fundos de ações voltou a crescer, alcançando 16% da exposição total, próximo ao peso desse setor no índice Ibovespa (17,4%). Após uma queda no mês anterior, a exposição ao setor bancário segue tendência de alta, superando as médias dos últimos anos. Além disso, os setores de energia elétrica, petróleo e gás, e petroquímicas também registraram aumento significativo na alocação dos fundos.
A análise revelou que esses três setores são os mais representativos no portfólio dos fundos de ações, correspondendo a 50% da exposição total. A XP observa uma concentração crescente em setores de maior peso no índice Ibovespa, refletindo uma estratégia de posicionamento em ativos com boa liquidez e estabilidade. Isso está alinhado com uma tendência de alocação em ações de menor risco, destacando-se empresas com maior qualidade e previsibilidade.
Por outro lado, o setor de mineração e siderurgia apresenta uma redução drástica em sua participação nos fundos, com a exposição caindo para 6,5%, o menor nível em quase cinco anos. Essa queda reflete uma estratégia mais conservadora dos gestores, que diminuíram a exposição a setores mais voláteis, em favor de ativos mais sólidos. A XP destaca que a tendência de maior alocação em empresas de alta qualidade é um reflexo de um ambiente de maior aversão ao risco por parte dos investidores.