A partir de 19 de dezembro, Campo Grande recebe a exposição “A Ferro e Fogo”, que estará aberta ao público até 19 de fevereiro de 2025 no Centro Cultural José Octávio Guizzo. Com curadoria de Ulisses Carrilho, a mostra reúne 113 obras de 27 artistas, abordando temas que vão desde o cotidiano até questões históricas e ambientais. O evento visa sensibilizar os visitantes para o impacto das ações humanas sobre a natureza, com destaque para representações de momentos históricos, como o embarque de escravos e o enterro de Chico Mendes, além de reflexões sobre problemas ambientais atuais, como as queimadas no Pantanal.
O título da exposição foi inspirado tanto na música de Zezé di Camargo e Luciano quanto no livro de Warren Dean sobre a devastação da Mata Atlântica, estabelecendo um elo entre cultura e natureza. O curador explica que as obras expostas dialogam diretamente com o cenário atual de Mato Grosso do Sul, particularmente com os incêndios que afetam o Pantanal, e buscam provocar uma reflexão sobre a forma como a humanidade tem moldado o meio ambiente. O evento tem um caráter educativo, com oficinas de arte gratuitas para todas as idades, promovendo a interação com as obras e estimulando o público a refletir sobre temas ambientais e históricos.
A realização da exposição é uma das últimas etapas do projeto Arte nas Estações, que ao longo de suas edições já exibiu um total de 262 obras. O projeto é viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura e conta com patrocínios e apoios de empresas e instituições do setor privado e público. Com entrada gratuita e classificação livre, a exposição e suas atividades paralelas oferecem uma oportunidade única para o público de Campo Grande se conectar com a arte contemporânea e as questões sociais e ambientais que a envolvem.
