O mais recente relatório Focus revelou uma piora nas projeções econômicas para o Brasil, destacando a inflação, a taxa de juros (Selic) e o câmbio. Para 2024, a expectativa para o IPCA, principal indicador da inflação, é de uma alta de 4,91%. No entanto, o grande destaque foi a revisão da projeção para 2025, que subiu de 4,60% para 4,84%. Com isso, as expectativas de aumento na taxa Selic também se intensificaram, com os analistas prevendo um crescimento da taxa básica de juros para 14,75%, contra os atuais 12,25% ao ano.
Esse cenário de inflação mais alta e juros elevados tem impactos negativos sobre a economia. O aumento da Selic encarece o crédito, afetando negativamente o consumo das famílias e os investimentos das empresas. Além disso, o dólar mais alto também prejudica a economia, pois eleva os custos das importações e pressiona os preços internos. Para 2024, a previsão é de que o dólar atinja R$ 6,00, mantendo-se em torno de R$ 5,90 em 2025, o que reflete a estabilidade do câmbio em níveis elevados.
Diante dessas condições, o crescimento econômico do Brasil em 2025 está sendo questionado. Com uma inflação próxima de 5%, juros altos e um dólar elevado, o cenário sugere que o país enfrentará dificuldades para alcançar a meta de 2% de crescimento do PIB prevista pelo Focus. O impacto de uma economia mais desacelerada deve ser sentido tanto no consumo das famílias quanto no desempenho das empresas, que terão que lidar com um ambiente financeiro mais desafiador.