O exército israelense divulgou nesta terça-feira (24) que, após investigação, concluiu que a presença de suas tropas na região de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, provavelmente contribuiu para a execução de seis reféns em agosto de 2023. Os corpos das vítimas foram encontrados em um poço subterrâneo no final do mês, com a informação inicial sendo de que elas haviam sido mortas momentos antes da chegada das forças militares. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, havia afirmado que os reféns foram executados com tiros na cabeça. A investigação agora reconhece que a atuação militar no terreno influenciou as decisões dos responsáveis pela morte dos reféns.
A presença das tropas, apesar de ser considerada gradual e cautelosa, teria gerado um contexto que levou os sequestradores a executarem os reféns. O chefe do Estado-Maior do exército afirmou que os disparos que resultaram nas mortes ocorreram enquanto as forças israelenses operavam na área. Este novo reconhecimento se soma ao contexto de crescente pressão para a devolução de reféns, especialmente após o ataque de 7 de outubro de 2023, que resultou no sequestro de várias pessoas.
Em resposta ao novo desdobramento, o Foro de Famílias, uma das principais entidades de apoio aos familiares dos reféns, reiterou o pedido pela devolução imediata de todos os sequestrados, e destacou a necessidade de um acordo que estabeleça um prazo claro para a liberação. Nos últimos dias, negociações mediadas pelo Catar, Egito e Estados Unidos buscam avançar em um entendimento para a resolução da crise, enquanto o impacto do conflito segue sendo sentido fortemente em Gaza e em outras áreas afetadas pela violência.