O Exército de Israel divulgou nesta segunda-feira (23) a apreensão de uma série de armas no sul do Líbano, acusando o Hezbollah de disparar foguetes e mísseis durante o recente conflito no norte da região. Segundo o porta-voz Nadav Shoshani, muitas das armas apreendidas seriam de origem iraniana, trazidas pela Síria, enquanto outras teriam vindo da Rússia, da China e do próprio grupo libanês Hezbollah. O Exército também acusou o grupo de disparar 18 mil foguetes e mísseis durante as hostilidades.
O anúncio ocorre no contexto de um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah, assinado em novembro, que permite a presença das forças israelenses no sul do Líbano por 60 dias. Durante o mês de novembro, o Exército israelense intensificou os bombardeios no Líbano, resultando em destruição significativa e forçando mais de um milhão de pessoas a deixarem suas casas. Apesar do cessar-fogo, a guerra continua a afetar outras regiões, especialmente na Faixa de Gaza, onde o conflito com o Hamas segue em andamento desde outubro de 2023.
Além do conflito com o Hezbollah, Israel enfrenta tensões também com o Irã, trocando ataques que aumentaram a pressão na região, mas não evoluíram para uma guerra total. O Exército de Israel também realizou bombardeios em alvos ligados ao Irã em países vizinhos, como Síria, Iémen e Iraque. O quadro de guerra continua a afetar negativamente a população civil em diversos territórios, especialmente no Líbano e Gaza.