O Exército Brasileiro decidiu cassar o registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC) de um coronel aposentado, após a descoberta de irregularidades em seu arsenal pessoal. A ação foi motivada por um incidente ocorrido em fevereiro de 2024, quando uma explosão seguida de incêndio atingiu o apartamento do militar em Campinas. O fogo, causado por uma explosão em um artefato armazenado em um cofre, resultou na evacuação de 44 pessoas do edifício, embora ninguém tenha se ferido. Durante a investigação, as autoridades descobriram que o militar possuía armas de fogo e munições além do permitido por sua licença, o que configurou a posse ilegal de armamento restrito.
Além da explosão, a apuração do Exército indicou que o coronel cometeu três infrações graves, incluindo a posse de armas sem autorização, recarga de munições sem permissão e a compra de armamentos sem o devido registro. A decisão de cassar o registro foi tomada pela 2ª Região Militar de São Paulo, que agora exige que o militar transfira ou venda dentro de 90 dias as armas que estavam regularizadas. A defesa do coronel contestou as alegações, alegando que as armas sem registro foram guardadas com a crença de que tratavam-se de irregularidades administrativas, não crimes.
O incidente gerou uma investigação mais ampla, na qual o coronel foi indiciado por crimes como incêndio, explosão e posse ilegal de armas. A perícia realizada no local do incêndio apontou vestígios de pólvora e disparos de munição, e o laudo técnico indicou que o fogo atingiu temperaturas extremamente altas, colocando em risco a vida de moradores do prédio. Embora a origem da explosão não tenha sido totalmente esclarecida, as autoridades afirmam que a situação envolveu riscos significativos para a segurança. A defesa do ex-militar argumentou que a explosão foi um acidente, afastando qualquer intenção criminosa ou negligência.