O general de quatro estrelas, que foi preso no sábado, 14 de dezembro, está cumprindo sua detenção em uma sala especial dentro da 1ª Divisão do Exército, no Rio de Janeiro. Essa medida foi adotada devido à ausência de um local adequado para isolar um militar da sua patente dentro das instalações do Exército, com destaque para a sua prisão preventiva relacionada à obstrução de justiça nas investigações sobre tentativas de golpe após as eleições de 2022. A prisão foi determinada por novos elementos encontrados pela Polícia Federal, incluindo mensagens apagadas e envolvimento em uma operação que visava minar o processo democrático no Brasil.
A defesa do general nega qualquer envolvimento em ações ilegais e afirma que o cliente jamais obstruiu as investigações ou participou de atividades ilícitas. Em resposta às acusações, a defesa enfatiza que não houve interferência nas investigações e que as reuniões mencionadas nos depoimentos de outros envolvidos não tratavam de atos ilegais. Além disso, o Exército segue as normas do Estatuto dos Militares, que prevê que militares de alta patente cumpram suas penas em unidades militares, com a adaptação das condições para garantir segurança e isolamento adequados.
A prisão do general tem gerado desconforto no meio militar, com relatos de mal-estar entre os oficiais da unidade, dado que o comandante da 1ª Divisão é hierarquicamente inferior ao general detido. A decisão do Supremo Tribunal Federal também destacou a gravidade das investigações e os novos indícios de envolvimento do general em um esquema de financiamento para sustentar atividades antidemocráticas, embora sem revelar detalhes dos possíveis doadores ou do valor arrecadado.