O ex-secretário municipal de Saúde de Goiânia foi liberado após a prisão preventiva ter sido negada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). A prisão ocorreu devido a suspeitas de envolvimento em práticas irregulares relacionadas a contratos da Secretaria Municipal de Saúde, como a concessão de vantagens indevidas e o desrespeito à ordem cronológica de pagamentos, o que resultou em prejuízos ao erário público. Os promotores também apontaram que os pagamentos foram feitos fora dos canais oficiais, o que configura uma violação dos princípios da impessoalidade previstos em lei.
O MP-GO ainda destacou o impacto dessas práticas na crise da saúde pública de Goiânia, incluindo uma dívida acumulada de cerca de R$ 300 milhões, com a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas enfrentando uma dívida de R$ 121,8 milhões. A situação agravou-se com a suspensão de serviços essenciais e a falta de insumos nas unidades de saúde, o que tem prejudicado o atendimento à população e levado à morte de pacientes à espera de leitos de UTI.
A defesa do ex-secretário alega que não existem provas de irregularidades e afirma que seu cliente sempre buscou melhorar a gestão da saúde no município. Segundo seus advogados, os problemas financeiros na Secretaria de Saúde já existiam antes de sua gestão e não houve envolvimento em atos ilegais. A defesa também relatou que Pollara está enfrentando um tratamento médico devido a um diagnóstico de câncer renal, o que tem sido sua principal prioridade no momento.