O general de quatro estrelas, preso por obstrução de justiça no último sábado (14), está sendo mantido em uma instalação do Exército no Rio de Janeiro, em um ambiente adaptado para sua detenção. A prisão ocorre no Comando da 1ª Divisão do Exército, na Vila Militar, um local tradicionalmente subordinado ao general, mas com a necessidade de ajustes especiais devido à sua patente. O ambiente de custódia é equipado com recursos como armário, ar-condicionado e banheiro exclusivo, além de garantir três refeições diárias, sem o uso de grades, em conformidade com as normas militares para oficiais de alta patente.
A prisão foi autorizada com base em novas evidências que indicam possível envolvimento do general em tentativas de embaraçar investigações sobre uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Segundo a Polícia Federal, ele teria tentado obter informações sigilosas sobre acordos de colaboração e interferido em depoimentos cruciais. Além disso, documentos encontrados indicam seu envolvimento em operações para financiar ações antidemocráticas, com recursos aparentemente oriundos de setores como o agronegócio.
Em resposta, os advogados do general negaram as acusações, destacando a legalidade da investigação e afirmando que o ex-militar nunca participou de atividades ilícitas ou financiou atos contra o regime democrático. A defesa também afirmou que se manifestará nos autos quando tiver pleno conhecimento das evidências que embasaram a decisão judicial. Enquanto isso, o Exército se posicionou esclarecendo que a detenção ocorre em um local que assegura a segurança e o cumprimento das normas estabelecidas.