Manmohan Singh, ex-primeiro-ministro da Índia e figura chave nas reformas econômicas que abriram o país para a economia global, faleceu aos 92 anos. Reconhecido por sua calma e integridade, Singh também liderou importantes iniciativas, como o acordo nuclear com os Estados Unidos e a implementação de políticas de bem-estar e transparência governamental. Sua carreira acadêmica brilhante, com passagens por Cambridge e Oxford, e suas contribuições como economista marcaram profundamente a trajetória política e econômica da Índia.
Apesar de um primeiro mandato amplamente elogiado, seu segundo período como líder foi manchado por escândalos de corrupção envolvendo membros de seu governo, contribuindo para uma derrota eleitoral significativa em 2014. Singh, no entanto, permaneceu uma figura respeitada, sendo reconhecido tanto por aliados quanto por adversários pela sabedoria e dedicação ao país. Seu trabalho foi fundamental para promover a paz com vizinhos como Paquistão e China, apesar dos desafios enfrentados durante seu governo.
Nascido em Punjab, Singh também se destacou como o primeiro sikh a ocupar o mais alto cargo do país e como defensor de causas sociais e econômicas. Após deixar o cargo de primeiro-ministro, manteve um perfil discreto, mas continuou a ser reverenciado como um arquiteto de mudanças que modernizaram a Índia. Ele deixa sua esposa, Gursharan Kaur, e três filhas, além de um legado de integridade e pragmatismo político.