Em fevereiro de 2025, os ex-presidentes do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS) serão julgados por improbidade administrativa em um processo que investiga superfaturamento em serviços de limpeza prestados ao órgão. A audiência, marcada para o dia 12 de fevereiro, envolve Cícero Antônio de Souza e Waldir Neves Barbosa, que respondem por supostos pagamentos indevidos, com um prejuízo estimado em quase R$ 50 milhões aos cofres públicos. José Ancelmo dos Santos, outro ex-presidente denunciado, faleceu em 2021, antes de concluir o processo.
Cícero Antônio de Souza, aposentado, e Waldir Neves Barbosa, afastado desde 2022 e monitorado por tornozeleira eletrônica, estão se defendendo no processo. A defesa dos ex-presidentes, por meio do advogado André Borges, argumenta que o assunto já foi tratado em um acordo com o Ministério Público, solicitando o arquivamento do caso. A investigação aponta que o superfaturamento em contratos de serviços de limpeza foi realizado durante a gestão dos ex-presidentes, o que gerou grandes prejuízos aos cofres públicos.
O TCE-MS tem sido alvo de diversas investigações nos últimos anos, incluindo operações da Polícia Federal. Em 2022, três conselheiros foram afastados, incluindo Waldir Neves Barbosa, no âmbito da operação Terceirização de Ouro, que apura esquemas de lavagem de dinheiro e fraudes em licitações. Mais recentemente, em 2024, o Tribunal foi novamente investigado na Operação Última Ratio, que apura um esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.