Três ex-policiais rodoviários federais foram responsabilizados pela morte de um homem em 2022, após ele ter sido asfixiado com gás no porta-malas de uma viatura durante uma abordagem. O tribunal considerou que os agentes cometeram homicídio triplamente qualificado e tortura seguida de morte, devido à forma brutal e desproporcional de agir durante a prisão. A vítima, que apresentava transtornos mentais, foi vista como alvo vulnerável do abuso de autoridade, o que agravou a condenação.
A pena imposta ao policial mais envolvido no caso foi de 28 anos de reclusão, enquanto os outros dois foram sentenciados a 23 anos e um mês. Durante o julgamento, que teve início em novembro, a defesa alegou que os agentes agiram em legítima defesa, tentando conter a resistência da vítima. No entanto, o tribunal refutou essa argumentação, levando em consideração a gravidade do crime e as circunstâncias em que ocorreu.
Além das condenações, os três ex-policiais foram demitidos pela Polícia Rodoviária Federal em agosto de 2023. Em resposta ao ocorrido, a União foi também condenada a pagar uma indenização de R$ 1 milhão aos familiares da vítima em outubro do mesmo ano, como compensação pelos danos morais causados pelo caso. O julgamento e as ações subsequentes refletem o fortalecimento da supervisão sobre a conduta de agentes públicos e a responsabilização pelo uso excessivo de força.