O ex-ministro Walter Braga Netto foi preso pela Polícia Federal no sábado, 14 de outubro de 2024, como parte das investigações sobre um plano de golpe de Estado que teria sido articulado após as eleições de 2022. O general da reserva, que atuou no governo de Jair Bolsonaro, foi citado 95 vezes no relatório da Polícia Federal, que aponta sua participação na elaboração de estratégias para desestabilizar o processo democrático. Entre os documentos encontrados, destaca-se um manuscrito que descrevia ações para impedir a posse do então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
Braga Netto, conhecido por suas posições políticas e militares, foi ministro da Casa Civil e da Defesa durante o governo Bolsonaro, e também foi candidato a vice-presidente na eleição de 2022. Após a vitória de Lula, ele se envolveu em ações que questionavam a legitimidade do processo eleitoral, além de apoiar a ideia de um golpe. Segundo a Polícia Federal, ele estaria coordenando um plano para criar um “Gabinete de Gestão de Crise” com o objetivo de intervir na administração do país, caso o golpe fosse concretizado.
O ex-ministro foi preso preventivamente para garantir o andamento das investigações, sendo impedido de manter contato com outros envolvidos no caso. As autoridades alegam que sua prisão é necessária para evitar que ele interfira nas apurações. O caso segue sob análise das autoridades, e as investigações continuam com o objetivo de elucidar os detalhes sobre as possíveis conexões e intenções do grupo envolvido no plano.