O general da reserva Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de um ex-presidente, foi preso preventivamente no dia 14 de dezembro de 2024. Ele é acusado de obstrução de Justiça e, segundo a Polícia Federal, teria desempenhado papel central em uma tentativa de golpe, envolvendo planos de assassinato e prisão de figuras políticas de destaque. Durante sua trajetória, Braga Netto ficou conhecido por suas posturas contrárias à democracia e por suas declarações sobre a ditadura militar de 1964, que geraram controvérsia durante seu período como ministro.
No governo em que atuou, ele teve um papel relevante em decisões polêmicas, como o incentivo à implementação do voto impresso nas eleições de 2022. Sua postura foi vista como uma ameaça à integridade do processo eleitoral, resultando em uma investigação conduzida pela Procuradoria-Geral da República. Além disso, sua ligação com o partido político de seu chefe e as declarações sobre o regime militar foram foco de críticas, especialmente por suas tentativas de legitimar a ditadura como um movimento de “restauração da ordem”.
Ao longo de sua carreira militar, Braga Netto acumulou uma série de experiências internacionais e de liderança, incluindo funções no exterior e no comando da segurança durante os Jogos Olímpicos Rio-2016. Contudo, suas ações e declarações no campo político e militar, principalmente em momentos críticos, marcaram sua trajetória de maneira controversa. A prisão do ex-ministro ocorre em meio a investigações que seguem seu envolvimento em possíveis tentativas de desestabilização política no país.