O ex-ministro da Defesa da Coreia do Sul foi preso no último domingo (8) por sua suposta participação na tentativa de implementação da Lei Marcial, proposta pelo presidente Yoon Suk Yeol. A medida, que visava conceder amplos poderes ao exército, foi anunciada na terça-feira (3) em meio a tensões políticas, mas revogada poucas horas depois, quando o parlamento se opôs à ação. A prisão ocorre após uma investigação liderada pelos promotores, que também buscam esclarecer a extensão do envolvimento de outros altos funcionários do governo.
A situação gerou uma crise política significativa no país, com manifestações e acusações de traição envolvendo membros do governo e da oposição. Três partidos de oposição apresentaram queixas formais contra o presidente e seus aliados, incluindo o ex-ministro da Defesa, alegando tentativa de subversão da ordem democrática. Kim, que renunciou ao cargo no dia seguinte à tentativa de Lei Marcial, se apresentou voluntariamente à promotoria para prestar esclarecimentos.
Apesar da revogação da medida, o incidente abalou a confiança no governo de Yoon Suk Yeol, que enfrentou uma votação de impeachment no parlamento, embora tenha conseguido sobreviver à tentativa de destituição. O episódio gerou uma discussão sobre os limites do poder executivo e a estabilidade política da Coreia do Sul, que, como grande aliado dos EUA e potência econômica asiática, se viu imersa em sua maior crise política em décadas. A investigação continua, com mais apurações sobre as ações do governo e possíveis implicações legais para os envolvidos.