Ex-integrantes do governo Bolsonaro e militares próximos ao ex-presidente consideram que a última possibilidade de ele evitar a responsabilização pela tentativa de golpe de Estado seria por meio de ações políticas, como um projeto de anistia no Congresso ou buscando apoio internacional, especialmente de figuras como o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo essas fontes, não restaria muito a Bolsonaro fazer, além de usar sua força política para pressionar por uma saída.
A prisão do ex-ministro da Defesa, Braga Netto, é vista por aliados como a peça final que liga Bolsonaro aos eventos investigados, aumentando as pressões sobre ele. Com a detenção de Braga Netto, o cerco contra o ex-presidente se aperta, e especula-se que outros generais possam ser pressionados a colaborar com as investigações, especialmente se considerarem a possibilidade de delação premiada. No entanto, a maioria dos militares envolvidos não parece inclinada a seguir essa estratégia, embora o caso do general Mario Fernandes seja considerado uma exceção.
O ambiente político e militar permanece tenso, com especulações sobre a possibilidade de novos desdobramentos. Entre os militares, há a percepção de que a delação de Fernandes, que teria informações comprometedoras sobre possíveis planos e encontros com Bolsonaro, poderia trazer detalhes cruciais para as investigações. Contudo, o advogado de Fernandes refuta a ideia de que o general esteja considerando colaborar com as autoridades.