Ex-integrantes do governo Bolsonaro consideram que o cerco ao ex-presidente está se fechando, especialmente após a prisão de um general considerado peça-chave na trama investigada pela Polícia Federal. A avaliação entre militares e aliados é de que, com essa prisão, a possibilidade de o ex-presidente escapar de responsabilidades se torna ainda mais remota. Muitos veem a única chance de Bolsonaro como sendo uma atuação política no Congresso ou, possivelmente, com o auxílio de pressões internacionais, como um apoio de figuras como Donald Trump.
A situação de Bolsonaro é comparada a um “passageiro da agonia”, uma referência a um filme que aborda a tensão de uma perseguição judicial. No entanto, a prisão do general não significa que o processo esteja resolvido. Aliados e militares temem que outros membros das Forças Armadas, que poderiam ter sido envolvidos nos eventos investigados, sejam pressionados a colaborar com as investigações. A delação de um general suspeito de envolvimento em um plano contra autoridades também é vista como uma possibilidade.
Entre os possíveis colaboradores, especula-se que um outro general, que teria estado próximo de Bolsonaro durante os episódios investigados, poderia trazer informações relevantes. No entanto, seu advogado nega que haja qualquer intenção de cooperação formal com as autoridades. O cenário indica que o ex-presidente, diante das crescentes evidências e das dificuldades políticas, se vê cada vez mais distante de uma solução favorável.