Mikheil Kavelashvili, ex-jogador de futebol, tornou-se presidente da Geórgia no último sábado, 14, após ser o único candidato nas eleições indiretas. O processo eleitoral foi realizado por meio de um colégio eleitoral de 300 membros, composto por integrantes do Parlamento, conselhos municipais e legislativos regionais. Esta mudança no sistema de eleição presidencial ocorreu em 2017, quando a Geórgia substituiu as eleições diretas por esse modelo, controlado pelo partido Sonho Georgiano.
O partido Sonho Georgiano, que mantém a maioria no Parlamento, venceu as eleições de 26 de outubro, embora a oposição tenha alegado que o processo foi manipulado, com a suposta influência de Moscou. A acusação gerou um boicote por parte da presidente em fim de mandato Salome Zurabishvili e dos principais partidos pró-Ocidente, que pediram a realização de novas eleições. O ambiente político no país segue tenso, com as divisões entre o governo e a oposição se intensificando.
Apesar das tensões internas, o governo do Sonho Georgiano reafirmou seu compromisso com a adesão à União Europeia, ao mesmo tempo em que expressou o desejo de redefinir as relações com a Rússia. Esse posicionamento remonta aos conflitos de 2008, quando a Geórgia e a Rússia travaram uma breve guerra, que resultou no aumento da presença militar russa nas regiões separatistas da Ossétia do Sul e da Abcásia. A situação continua a ser um ponto de discórdia importante nas relações internacionais da Geórgia.