O ex-governador do Tocantins foi preso em cumprimento a uma ordem judicial que investiga indícios de risco de fuga do país. Segundo a decisão, o político, que enfrenta múltiplas investigações sobre corrupção e desvio de recursos públicos, teria tentado se deslocar para o exterior, especificamente para a Itália e o Uruguai, com documentos e contas bancárias no exterior. A prisão foi determinada após o encontro de evidências que apontam tentativas de movimentações financeiras suspeitas e o preparo de uma identidade uruguaia para ele e familiares, o que reforçaria a hipótese de fuga.
Além disso, o ex-governador, que esteve no cargo entre 2018 e 2021, também é alvo de investigações relacionadas a fraudes em contratos públicos e corrupção envolvendo o plano de saúde dos servidores do Estado e a Polícia Civil. Ele nega as acusações, justificando sua presença em países do Mercosul por motivos comerciais, principalmente relacionados a negócios no Uruguai e viagens pessoais para a Itália, com base na sua cidadania italiana. Em entrevista à TV Anhanguera, Carlesse afirmou que seus passaportes e documentos são utilizados para viagens pessoais e comerciais legítimas.
O pedido de habeas corpus do ex-governador foi negado, e ele permanece preso enquanto a Justiça analisa os indícios de fuga e a necessidade de resguardar o andamento das investigações. Sua defesa sustentou que ele sempre colaborou com a Justiça e que a prisão é indevida, uma vez que ele não é condenado e tem todos os seus direitos garantidos, incluindo o direito de ir e vir.