Em entrevista ao WW, Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do Banco Central, discutiu o cenário econômico atual do Brasil e as possíveis reações do governo diante da crise. Com mais de 40 anos de experiência no mercado, Figueiredo explicou que, em momentos de crise, o governo tende a adotar uma resposta, que pode ser mais ou menos assertiva, dependendo da situação. Ele destacou que, embora a resposta possa ser inicial e tímida, há sempre a expectativa de ações mais robustas no futuro.
Figueiredo descreveu as fases típicas de uma crise econômica, que vão desde a negação inicial, passando pela busca por culpados, até o reconhecimento do problema e a implementação de soluções. Segundo ele, o Brasil já está vivendo uma crise aguda, com ações concretas do Banco Central, como a venda de grandes volumes de dólares, o que indica uma crise iminente. O ex-diretor do BC também mencionou que o Tesouro Nacional teve que realizar recompras de papéis, reforçando a ideia de que o “botão de crise” já foi acionado.
Embora não tenha previsto um momento exato para uma resposta governamental mais incisiva, Figueiredo se mostrou confiante de que o governo tomará medidas para enfrentar os desafios econômicos. Ele ressaltou que, mesmo diante da incerteza, existe a expectativa de uma ação governamental futura para mitigar a crise e estabilizar a economia do país.