O ex-deputado federal Daniel Silveira foi preso novamente após ser acusado de violar as condições de sua liberdade condicional. No domingo (22), Silveira chegou em sua residência em Petrópolis (RJ) após as 2h da manhã, descumprindo a ordem de recolhimento entre 22h e 6h. A defesa alegou que o atraso ocorreu devido a uma ida ao hospital, mas questionamentos sobre o tempo de deslocamento e a alta médica indicam possíveis inconsistências. De acordo com o hospital, o ex-deputado recebeu alta pouco depois da meia-noite, e o trajeto de 16,4 km até sua casa, que normalmente levaria de 22 a 30 minutos, foi feito em mais de uma hora.
O Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Alexandre de Moraes, afirmou que Silveira deveria ter solicitado autorização para sair do horário de recolhimento e que não ficou comprovada a urgência do atendimento médico. Além disso, Moraes destacou que o ex-deputado violou as condições de sua liberdade condicional já no primeiro dia em que obteve o benefício, após cumprir um terço de sua pena. Como resultado, o benefício foi revogado e Silveira foi levado de volta à prisão, no Complexo de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro.
A defesa de Silveira declarou surpresa com a decisão e argumentou que ele cumpriu todas as condições, incluindo o recolhimento em sua residência. Segundo seus advogados, o ex-deputado estava com fortes dores nas costas e foi ao hospital para tratar um problema de saúde nos rins. A defesa ainda espera a audiência de custódia, prevista para ocorrer até o dia 26 de dezembro, e afirmou que as medidas cautelares não foram descumpridas, questionando a alegação de violação das condições impostas.