O ex-deputado Daniel Silveira foi novamente preso nesta terça-feira (24) por violar as condições de sua liberdade condicional, impostas pelo ministro Alexandre de Moraes. Segundo o monitoramento de sua tornozeleira eletrônica, Silveira deixou o hospital sem a devida autorização judicial e desviou-se de sua rota, parando por 20 minutos em um condomínio em Itaipava, município do Rio de Janeiro, antes de retornar à sua residência. A defesa alegou que ele foi buscar sua esposa, que se encontrava em outro endereço por questões de segurança, mas não comunicou a alteração de seu trajeto à Justiça, o que configura uma infração.
O pedido de reconsideração feito pelos advogados de Silveira, na tentativa de reverter a prisão, argumenta que o ex-deputado estava acompanhando a esposa em um hospital e que o desvio de trajeto para o condomínio se deu por ser o novo endereço da mulher. No entanto, o relatório do monitoramento indicou que o ex-parlamentar não seguiu diretamente para sua casa, mas fez uma parada não autorizada, o que foi interpretado como uma violação das condições de sua liberdade. O juiz já havia destacado que a ida ao hospital sem autorização e o atraso na comunicação da defesa à Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) também configuravam infrações.
Após a prisão, Silveira foi transferido para o Complexo de Bangu, onde permanecerá à disposição da Justiça. O incidente ocorre em um contexto de vigilância rigorosa sobre a liberdade condicional do ex-deputado, que enfrenta outras acusações e processos. A defesa continua a contestar as decisões judiciais, mas a análise do monitoramento e a falta de justificativa para os desvios de trajeto são elementos centrais no caso.