Michael Jeffries, ex-CEO da Abercrombie & Fitch, enfrenta graves acusações de exploração sexual e tráfico internacional de pessoas. De acordo com seus advogados, ele alega ter demência, incluindo possível doença de Alzheimer, e outros distúrbios cognitivos, o que pode impedir sua capacidade de se defender adequadamente nas acusações. Especialistas médicos que o avaliaram sugerem que Jeffries sofre de uma condição que afeta gravemente sua memória e função cognitiva, o que levaria à necessidade de uma audiência para avaliar sua competência para ser julgado.
As acusações contra Jeffries, juntamente com seu marido e um associado, envolvem a organização de festas sexuais e tráfico de homens, a quem prometeram oportunidades de modelagem em troca de participação em eventos com práticas sexuais coercitivas. De acordo com as investigações, os envolvidos usaram a rede de contatos e a fama associada à Abercrombie & Fitch para atrair as vítimas, frequentemente em locais internacionais, sob falsas promessas de contratos de modelagem. A acusação alega que os homens eram mantidos sob pressão, com drogas e ameaças de retaliação.
O caso remonta a atividades realizadas entre 2008 e 2015, durante o período em que Jeffries ainda estava à frente da Abercrombie & Fitch. A empresa, que se notabilizou pelo uso de uma estética sexualizada e de um marketing controverso, não está diretamente envolvida no esquema descrito, segundo os promotores. Jeffries, que deixou o cargo em 2014, viu sua saída ocorrer após uma crise financeira da empresa, mas a marca tem se recuperado nos últimos anos, ajustando sua imagem e práticas comerciais.