Os Estados Unidos estão elaborando novas regras para restringir a venda de chips avançados de inteligência artificial (IA) em determinadas regiões do mundo, com foco principal na China. A medida busca dificultar o acesso chinês a tecnologias críticas para o desenvolvimento de IA, com o objetivo de limitar seu uso em áreas como segurança e vigilância, além de impedir possíveis aprimoramentos nas capacidades militares. Essas novas restrições se somam a uma série de ações adotadas desde outubro de 2022, atualizadas recentemente pelo governo de Joe Biden.
As novas diretrizes dos EUA não afetariam todos os países, mas criariam um cenário desigual entre seus aliados e outras nações. Os aliados próximos dos EUA estariam isentos das restrições, enquanto países do Sudeste Asiático e do Oriente Médio enfrentariam limites nas remessas de chips, especialmente os utilizados para treinar e rodar modelos de IA em larga escala. Empresas chinesas continuariam proibidas de adquirir chips avançados sem uma autorização específica do Departamento de Comércio dos EUA.
As medidas visam dificultar a expansão da China em setores tecnológicos estratégicos, mas também podem gerar tensões diplomáticas com países que não concordam com o controle dos EUA sobre suas compras de tecnologia. O impacto dessa política será mais evidente nas próximas semanas, com a expectativa de uma nova rodada de restrições antes da posse do presidente eleito, Donald Trump.