A ofensiva surpresa de grupos rebeldes sírios em Aleppo colocou os Estados Unidos em uma posição diplomática delicada, sem poder apoiar integralmente nenhum dos lados do conflito. Enquanto os EUA continuam com sua presença militar na Síria, com cerca de 900 soldados para combater o Estado Islâmico, as tensões aumentam devido à escalada da violência, especialmente no noroeste do país. O Pentágono se distanciou das operações lideradas por Hayat Tahrir al-Sham (HTS), grupo designado como terrorista pelos EUA, mas também expressou preocupações sobre o impacto da ofensiva nas dinâmicas regionais e o possível fortalecimento de aliados do governo sírio, como a Rússia e o Irã.
Apesar de não se envolver diretamente nas operações em Aleppo, os Estados Unidos estão atentos à situação, com autoridades ressaltando que a HTS continua sendo considerada uma organização terrorista. O governo norte-americano se manifesta ainda contra a atuação do regime de Bashar al-Assad, reiterando a continuidade das sanções econômicas impostas desde 2011. Além disso, o país mantém sua postura de exigir uma transição política no país, em linha com os anseios populares. A presença militar dos EUA no país, embora focada principalmente no combate ao Estado Islâmico, coloca as forças americanas em proximidade das áreas em disputa, o que aumenta o risco de confrontos com as forças de Assad e seus aliados.
A Rússia, em resposta ao avanço rebelde, intensificou os ataques aéreos nas regiões de Aleppo e Idlib, regiões já afetadas pela instabilidade. A comunicação entre as forças dos EUA e russas foi reforçada para evitar possíveis confrontos acidentais, dada a proximidade geográfica das operações. Além disso, as forças americanas continuam sendo alvo de ataques em solo sírio, o que contribui para o aumento das tensões na região. Apesar de ataques recentes, como um foguete contra uma base dos EUA, o Pentágono assegura que sua postura na Síria permanece inalterada, focada na missão anti-Estado Islâmico, mas sem intervenções diretas no conflito em Aleppo.