Uma delegação dos Estados Unidos visitou a Síria nesta sexta-feira (20), marcando a primeira viagem oficial de diplomatas norte-americanos a Damasco desde o colapso do governo de Bashar al-Assad. A reunião com representantes do grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), novo grupo no poder no país, teve como objetivo discutir a transição política apoiada pelos EUA e questões regionais, como a luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico. A diplomacia americana também se concentrou em investigar o paradeiro de cidadãos americanos, como o jornalista Austin Tice, que desapareceu na Síria em 2012.
A principal diplomata para o Oriente Médio do Departamento de Estado dos EUA, Barbara Leaf, esteve à frente da delegação, que também incluiu o enviado presidencial para assuntos de reféns, Roger Carstens. Durante o encontro, o novo dirigente sírio, Ahmed al Sharaa, expressou otimismo sobre os resultados das conversações, embora o formato e a futura governança do país ainda gerem incertezas. A reunião foi considerada um avanço nas relações, mas os EUA e outras potências ocidentais seguem cautelosos quanto à direção que o novo governo sírio tomará, especialmente em relação às políticas sobre as minorias e os direitos das mulheres.
Simultaneamente, potências ocidentais, como França, Reino Unido e Alemanha, além da ONU, também têm monitorado os desenvolvimentos na Síria, temendo a fragmentação do país e o impacto nas regiões curdas do norte. A sociedade civil síria, representada por manifestantes, tem buscado reafirmar seus direitos, especialmente no que se refere aos direitos das mulheres. Organizações internacionais, como a OIM, destacam a importância da participação feminina na reconstrução do país.