Pesquisadores do Laboratório de Biomateriais e Engenharia de Tecidos (Labetec) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), no campus da Baixada Santista, estão desenvolvendo um enxerto ósseo inovador utilizando biossílica, extraída de esponjas marinhas. A pesquisa visa oferecer uma alternativa mais acessível e eficaz para o tratamento de doenças osteoarticulares, que afetam ossos e articulações. O processo envolve a transformação da biossílica em uma tinta, que é impressa em 3D para formar o enxerto no formato desejado, permitindo uma adaptação precisa à área afetada.
O uso de biossílica traz vantagens significativas, como o estímulo ao crescimento ósseo e a aceleração do processo de cicatrização de fraturas. Comparado aos biomateriais sintéticos convencionais, que são mais caros, a biossílica apresenta um custo reduzido, além de ser mais segura, já que evita riscos relacionados ao uso de ossos bovinos. A pesquisa também destaca a bioatividade da biossílica, que facilita a integração com o tecido ósseo e promove uma recuperação mais rápida, o que é especialmente relevante em casos de osteoporose e fraturas relacionadas ao envelhecimento da população.
Os testes realizados até o momento, incluindo experimentos com animais e ratos osteoporóticos, têm mostrado resultados positivos. O próximo passo será a finalização dos testes antes da publicação dos resultados. Com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a pesquisa pode representar um avanço importante na área de biomateriais, oferecendo uma solução mais acessível e eficaz para o tratamento de fraturas ósseas e doenças relacionadas.