A 11ª temporada da Fórmula E teve início no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, com uma prova marcada por fortes emoções e interrupções. O E-Prix de São Paulo, realizado neste sábado, contou com várias bandeiras vermelhas devido a acidentes, incluindo o capotamento do atual campeão Pascal Wehrlein. No entanto, a maior surpresa da corrida foi a vitória histórica de Mitch Evans, que largou em 22º e conseguiu superar todos os obstáculos para conquistar a primeira posição, algo nunca antes realizado na categoria. António Félix da Costa e Taylor Barnard completaram o pódio, enquanto Lucas di Grassi teve que abandonar a prova após uma falha mecânica.
A corrida foi marcada por uma série de incidentes e mudanças na liderança. Logo após a largada, o britânico Oliver Rowland assumiu a frente, mas foi penalizado com uma punição de “drive-through” por uma infração. As interrupções aumentaram a tensão entre os pilotos, sendo a mais dramática um acidente envolvendo Max Günther e Pascal Wehrlein, que causou a bandeira vermelha e a suspensão temporária da prova. O capotamento de Wehrlein, felizmente sem ferimentos graves, interrompeu o ritmo da corrida por cerca de 30 minutos, mas não impediu que Evans mantivesse sua vantagem para garantir a vitória.
Embora o evento tenha sido um sucesso do ponto de vista esportivo, as arquibancadas do Sambódromo não estavam lotadas, algo que foi atribuído ao calor intenso e ao alto custo dos ingressos. O prefeito de São Paulo sugeriu mudanças na estratégia de preços para tornar o evento mais acessível ao público. Ele também ressaltou o papel da cidade como um importante centro do automobilismo global, com a realização de grandes eventos como a Fórmula 1, o Mundial de Endurance e a Fórmula E, o que reforça a imagem internacional de São Paulo.