O recente processo movido por uma atriz contra um ator e diretor de Hollywood trouxe à tona novas táticas usadas por agressores para silenciar vítimas de assédio sexual. A atriz acusa o diretor e um produtor de assédio durante as filmagens de um filme, apontando comportamentos abusivos, como a criação de cenas inesperadas de nudez e sexo, além de práticas invasivas nos bastidores, como a exibição de fotos íntimas de familiares. A denúncia também menciona uma campanha de difamação orquestrada para destruir sua reputação antes que as acusações se tornassem públicas.
De acordo com o processo, o diretor teria contratado uma especialista em gestão de crise para manipular as redes sociais e espalhar rumores negativos sobre a atriz. Essas ações resultaram na viralização de acusações de má conduta da atriz, com reportagens sensacionalistas sugerindo um “cancelamento” iminente. O caso revela uma estratégia manipulativa que visa desacreditar a vítima, com o apoio de uma equipe de comunicação que busca moldar a narrativa pública antes que as denúncias se tornem evidentes.
O caso gerou um amplo apoio à atriz, com manifestações de solidariedade de colegas de profissão e de figuras públicas, incluindo a autora do livro que inspirou o filme. Como resultado, o diretor perdeu seu prêmio de reconhecimento e foi abandonado por seus agentes. A jornalista Megan Twohey, conhecida por seu trabalho na denúncia de abusos no cinema, destacou que esse episódio reflete a crescente utilização das redes sociais para manipular a percepção pública e descreditar vítimas de assédio, levantando questões sobre a integridade das narrativas online.