O estoque das operações de crédito no Brasil registrou um aumento de 1,2% em novembro, totalizando R$ 6,3 trilhões, de acordo com o relatório divulgado pelo Banco Central. No acumulado de 12 meses, o crescimento chegou a 10,7%. O avanço mensal foi impulsionado por uma expansão de 1,4% nas operações de crédito destinadas a empresas e de 1% nos créditos para famílias. Apesar do crescimento geral, o ritmo de aumento das carteiras de crédito para pessoas físicas desacelerou, enquanto o crédito para empresas apresentou um leve aumento no mês.
A taxa média de juros das operações de crédito atingiu 28,6% ao ano em novembro, marcando uma alta mensal de 0,5 ponto percentual, mas uma redução de 0,5 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano anterior. O crédito para empresas teve um aumento na taxa de juros, alcançando 19,4% ao ano, enquanto a taxa para famílias chegou a 33% ao ano, também com alta mensal. O spread bancário apresentou leve elevação em novembro, atingindo 18,6 pontos percentuais.
A inadimplência do saldo total de crédito manteve-se relativamente estável, com 3,1% da carteira de crédito em atraso superior a 90 dias. Por segmento, as empresas mantiveram a taxa de inadimplência em 2,3%, enquanto as famílias apresentaram uma taxa de 3,7%. Esses dados refletem um cenário de crescimento moderado do crédito, acompanhado de ajustes nas taxas de juros e estabilidade na qualidade das carteiras de crédito.